
A Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa – ACIB. realizou um inquérito no mês de março, junto das empresas sedeadas na sua área de influência, para perceber o impacto e os efeitos da pandemia da covid-19. O inquérito revela que 119 empresas tiveram uma quebra de faturação superior a 60%.
Os empresários afirmam que “Os tempos que se avizinham serão muito difíceis e se não existir um apoio forte, bem orientado e rápido ao comércio”, estimando que “mais de 20% do tecido empresarial da nossa região não consiga sobreviver a esta crise”,
A ACICB tem cerca de mil associados e abrange os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Proença-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão.
Responderam ao referido inquérito cerca de 400 empresas, onde 90% afirmaram ter tido drástica redução na faturação e em relação ao futuro, 85,5% das empresas indicaram que não irão fazer novos investimentos e 39,8% confessaram ter liquidez para apenas mais um mês.
Apesar de 90% das empresas não terem chegado a despedir trabalhadores, 31 delas reconheceram ter despedido dois ou mais funcionários
Ainda no campo do emprego, 31% das empresas indicaram ter sentido dificuldade no pagamento dos salários” e no que diz respeito a impostos e outras obrigações, cerca de 84% revelam não ter conseguido fazer face a todas as despesas
Em relação aos créditos, 21% das empresas que os contraíram, “indicam não ter conseguido pagar atempadamente”. Uma situação semelhante ao pagamento das rendas, em que “24,5% revelaram não ter conseguido efetuar o pagamento.
A ACICB sublinha ainda que cerca de 74% recorreu aos apoios disponibilizados pelo Governo e por outras entidades, mas que 90%, os consideram insuficientes para fazer face à atual situação.
A ACICB afirma que face ao cenário demonstrado pelo inquérito, “as consequências da pandemia são catastróficas” os apoios não têm sido suficientes e o futuro próximo de uma boa parte está comprometido.