A associação ambientalista Quercus de Castelo Branco destaca como os aspetos mais negativos do ano no Distrito de Castelo Branco, a poluição dos rios, o prolongamento do funcionamento da central nuclear de Almaraz e o impacte ambiental da central de biomassa do Fundão.
A agricultura superintensiva na região, nomeadamente de amendoais e olivais, são outro dos aspetos negativos realçados pela Quercus, que alerta para a expansão destas monoculturas superintensivas, principalmente nos concelhos de Idanha-a-Nova e do Fundão.
O impacte ambiental que a central de biomassa do Fundão (CBF) tem provocado na região tem sido acompanhado pelos ambientalistas, “com atenção e elevada preocupação”. A Quercus também “confirmou no terreno que a CBF está a queimar, na totalidade ou praticamente na totalidade, madeira de qualidade, não utilizando, como seria desejável e está contratualizado, biomassa residual”, lê-se na nota.
Já como os melhores factos ambientais de 2020 no distrito de Castelo Branco, os ambientalistas destacam a recuperação de algumas espécies em perigo, como o abutre-preto (Aegypius monachus). Confinado a três núcleos reprodutores em Portugal, “o abutre-preto continua a dar provas do seu regresso. Este ano no Tejo Internacional nasceram, e sobreviveram, 17 crias. Nesta época reprodutora foram confirmados 24 casais na área do Tejo Internacional, dos quais 23 reprodutores”, sublinham.
A águia imperial ibérica (Aquila Adalberti) é outros dos bons exemplos destacados pela Quercus: ” Uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, aumentou a sua população reprodutora em Portugal para
24 casais, na Beira Baixa e no Alentejo”.
Francisco Freitas – C.C. /R.U.