Beira Interior Protesta em Lisboa Contra as Portagens

Cerca de 200 pessoas idas de várias localidades da Beira Interior, participaram no sábado dia 20 de maio, no protesto para o fim das portagens, nas A23 e A25.
A luta tem vários anos e já deu alguns resultados, esta foi mais uma jornada que já havia estado agendada para 25 de fevereiro, mas acabou por ser desconvocado devido à abertura do ministro das Infraestruturas em negociar uma solução para as reivindicações da Plataforma, a quem João Galamba pediu uma proposta de redução de pórticos e um plano de mobilidade para a região, para poder apresentar ao grupo de trabalho interministerial.
A Plataforma enviou a sua posição, mas não têm obtido resposta. O silêncio do Governo, reforçou a necessidade desta ação em Lisboa, que teve como objetivo “fazer pressão para que a promessa não caia no esquecimento”. A eliminação total das portagens naquelas é a meta que a Plataforma aponta, mas se for conseguida apenas uma redução, considera que já é bem vinda, prometendo “manter a luta enquanto houver portagens”.
Para esta embaixada definiram um mínimo de 200 a 250 participações. “Atendendo às dificuldades das pessoas e a algumas reticências dos autarcas em apoiarem as populações com transporte”, o apelo foi também estendido aos naturais da região e residentes na área metropolitana de Lisboa a juntarem-se ao protesto, que marcou hora de concentração às 15h, na rotunda do Marquês de Pombal e saírem em manifestação até à Assembleia da República: Aqui tiveram lugar várias intervenções, tendo sido convidados a usar da palavra, os grupos parlamentares que têm estado com esta causa (PS, PSD, PCP, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal) e os ministros das Infraestruturas, João Galamba, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
A caminhada fez-se ao som de bombos e concertinas e gritando palavras de ordem como “o interior está presente, o Governo está ausente”, “o Governo a incumprir, interior a reagir” ou “Portagens a pagar, interior a definhar”…
A organização salienta que “os argumentos não são novos, mas mantêm-se atuais, pois as portagens nestas vias “além de injustas, são as mais caras do país e estão a travar o desenvolvimento da região interior, que está a despovoar-se e a definhar económica e socialmente”.
Acusando ainda que o “economicismo se está a sobrepor à importância do desenvolvimento do interior”. “Isto não são só números. No interior estão pessoas, mas não só. Também estão pessoas do interior a residir nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, que precisam de visitar os seus familiares e que cada vez vão menos, porque os custos são grandes”, salientou o porta-voz da Plataforma, Luís Garra.
O porta-voz da comissão de utentes salientou ainda que “não faz sentido transportes pesados terem de passar por dentro de uma cidade como o Entroncamento, Constância, Abrantes e até Tomar”. “Além disso, o tempo das deslocações que os transportes profissionais gastam passando por dentro das localidades prejudica a competitividade das empresas”.
A secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, também participou no protesto descrevendo as portagens como uma vergonha….
Do parlamento estiveram apenas uma deputada do Bloco de Esquerda e outra do PCP.
No palanque estiveram presentes e usaram da palavra: Pedro Turgal, da Câmara da Covilhã, Miguel Gravinhos da Câmatra do Fundão; os empresários António Ezequiel e Luis Veiga; Pedro Farromba, da Assembleia Municipal da Covilhã e Luis Santos, presidente da Distrital do PSD, de Castelo Branco.
jh

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