A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e o Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, reuniram no passado dia 6 de maio, em Moimenta da Beira, com os autarcas das regiões afetadas pelas intempéries ocorridas em abril e maio.
Maria do Céu Albuquerque e Nuno Russo ouviram e apresentaram soluções aos presidentes das Câmaras Municipais, referindo Maria do Céu Albuquerque que estão a ser estudadas medidas que visam minimizar os prejuízos que vierem a ser quantificados pelos serviços do Ministério da Agricultura e propor soluções para o futuro que possam ir ao encontro das espectativas do setor.
As medidas propostas aos autarcas vão ao encontro de três linhas de
intervenção. A primeira, de resposta mais imediata, e que visa minimizar os
impactos negativos das intempéries e passa pela criação de uma linha de crédito
bonificada de apoio à tesouraria e fundo de maneio dos produtores.
Adicionalmente, anunciou um apoio repartido, ao abrigo de um protocolo a estabelecer
entre o Ministério da Agricultura e os municípios afetados, para a aplicação
imediata de tratamentos a pomares e vinhas, para um mais rápido
restabelecimento da capacidade produtiva.
Com esta segunda proposta, está pensada a possibilidade da aplicação da medida
de financiamento do Restabelecimento do Potencial Produtivo, , no âmbito do
PDR2020, para fazer face ao prejuízo verificado nas infraestruturas e em
árvores. Para tal está a ser feito o levantamento exaustivo do investimento
potencialmente elegível no âmbito desta medida.
A terceira linha de intervenção, de carater preventivo, passa por apoiar
investimentos, no âmbito do PDR2020, destinados a reduzir ou prevenir o impacto
de catástrofes naturais, fenómenos climáticos adversos ou acontecimentos catastróficos.
Esta solução possibilita, aos produtores das regiões afetadas sistematicamente
por intempéries, instalar equipamentos de prevenção, como por exemplo redes
antigranizo e, assim, evitar ou minimizar situações futuras.
A Ministra informou ainda que está agendada, para 16 de junho, uma reunião
ordinária da Comissão de Acompanhamento do Sistema dos Seguros Agrícolas, no
âmbito da qual está previsto analisar esta situação. A responsável da pasta da Agricultura
salientou na mesma ocasião importância de os agricultores se unirem em
organizações de produtores, para assim ganharem escala e terem também mais
capacidade de negociação.
Na sequência desta reunião o presidente da Câmara da Covilhã, já veio a publico referir que “É preciso agir rapidamente face à catástrofe que tivemos e esta reunião foi oportuna e atempada”.
O autarca vinca que “o importante é dar uma resposta eficaz, pronta e rápida de implementar”, salientando a linha de crédito bonificado, foi reivindicada pelos presidentes de Câmara presentes na reunião, sustentando que “para ser célere tem de ter garantias menos exigentes, de maneira a que todos os prejudicados possam aceder-lhe o mais rapidamente possível”, frisou à rádio Covilhã.
Para o presidente da CMC esta linha de crédito “é uma ajuda importante”, mas tem que “efetivamente acontecer”. “Os valores estão a ser apurados” disse Vítor Pereira, vincando que a seu tempo “tudo será tratado, mas é certo que este tempo não pode ser muito longínquo”,… refere a mesma fonte.
Correio de Caria tentou ainda ter reação do Município de Belmonte, sobre esta reunião, mas não conseguiu sequer confirmar se o nosso concelho também esteve na reunião ou se a representação recaiu em <Vitor Pereira.
Entre os 3 municípios da Cova da Beira, os prejuízos situam-se entre os 20 e os 30 milhões de euros, descreve Vítor Pereira, acrescentando que a Covilhã foi menos afetada que o concelho do Fundão, explicando que a zona mais afetada foi “a margem esquerda do Rio Zêzere”. “É um valor muito expressivo, mas que vai ser objetivado nesse levantamento”.