Caria vai ficar engalanada, primeiro para afirmar o seu orgulho bairrista sobre a comemoração do seu centenário de elevação a vila e depois por se afirmar também como pátria da Liberdade nos 50 anos decorridos desde o 25 de Abril de 1974. No seu cartaz e “despido de preferência e de preconceito politico”, aparece Mário Soares, o único chefe de estado que visitou Caria, no meio século de democracia, rodeado de Carienses que fervorosamente o acolheram, do modo como sabem receber toda a gente.
Assim festejando dois em um, Caria pretende homenagear aqueles que há 100 anos lutaram e conseguiram o titulo de vila para esta terra, um rótulo à época muito mais que simbólico uma vez que em 1924 se atribuía a Caria importância idêntica a Belmonte, Penamacor e Sabugal, apesar de ser recuperado a sede de concelho que deteve de 1512 a 1836.
Quanto ao 25 de Abril, Caria procura assinalar a importância da data de forma entusiástica e peculiar: Traz às comemorações um capitão de abril que foi uma das figuras mais mediáticas do MFA e durante todo o período do PREC, o agora Coronel Duran Clemente para um testemunho sobre a “pura e límpida madrugada”.
Comemoração emoldurada com momentos de Poesia de Abril por vários intervenientes, música de intervenção com António Duarte, Carlos Vasconcelos e Vera Silva. Assim como as forças vivas da Cultura e da tradição cariense, como o Grupo de Cantares Toca da Moura e a Banda de Música de Caria.
Neste entusiasmo do presente, com projeção do futuro e homenagem à memória, é inaugurado no dia 25 o Espaço de Memória das Cantadeiras de Caria, feita homenagem à sua emblemática fundadora a professora, já falecida D. Maria Alcina; Assim como uma exposição fotográfica sobre os 50 anos de Democracia.