Foi formalizado nesta sexta-feira 26/2, o protocolo entre três instituições particulares de solidariedade social (IPSS) da Cova da Beira, que vão construir uma estrutura residencial para idosos dedicada a pessoas com demência, num investimento estimado de quatro milhões de euros.
A noticia foi hoje divulgada pela agência Lusa e referida por Acácio Dias na Assembleia Municipal de Belmonte, enquanto membro desta Assembleia Municipal e simultaneamente membro da Direção da Santa Casa da Misericórdia de Belmonte. O protocolo foi assinado hoje 26 de fevereiro de 2021, no auditório da Mutualista Covilhanense, pela Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, a Mutualista Covilhanense, e a Associação de Solidariedade Social de Silvares, constituídas na Plataforma Supramunicipal de Intervenção Social da Cova da Beira.
Foi apresentado o projeto arquitetónico de uma infraestrutura a construir na Freguesia de Caria, em terrenos já de pertença da Santa Casa da Misericórdia de Belmonte que pretende a criação de uma estrutura residencial para pessoas idosas na área das demências para servir a Cova da Beira, com a finalidade de combate ao isolamento, a pobreza e a exclusão social e prestar serviços na área social e da saúde de proximidade.
O terreno tem uma área de cerca de 7 100 m2, terá um custo estimado de 4 milhões de euros e uma capacidade para cerca de oitenta utentes. Inicialmente irá criar cerca de 60 postos de trabalho diretos, uma grande parte de quadros técnicos ou pessoal qualificado.
Este projeto nasceu há cerca de dois anos, no âmbito de uma preocupação primordial relativa às demências, considerando que cerca de oitenta por cento dos idosos residentes nas estruturas atuais de prestação destes serviços, sofre dificuldades cognitivas e que estes doentes deviam ser tratados e acolhidos em estruturas diferenciadas.
Acácio Dias realçou ainda a facilidade de acesso à autoestrada A 23, e a proximidade ao Hospital Universitário da Covilhã e ao Hospital de Saúde Mental da Covilhã, cremos que se trata de localização privilegiada.
A obra deverá arrancar ainda este ano, se a conjuntura pandémica não implicar atrasos, estando prevista a construção de um edifício de raiz, com três pisos.
Com 44 quartos (35 duplos e nove individuais), o espaço aposta numa “imagem moderna” e que permite ter muita luz dentro do edifício, procurando uma ligação permanente entre o interior e o exterior, referiu na sessão o arquiteto do projeto, Adelino Minhós.
Além disso, conta com um pátio interior em “U”, que facilitará a mobilidade e exercício dos residentes e que também será um espaço privilegiado para as pessoas receberem visitas.
Estão igualmente contempladas zonas sociais e polivalentes, um centro médico e centro de reabilitação, bem como áreas administrativas e serviços técnicos e ainda uma rampa que facilitará a retirada rápida dos utentes, em caso de necessidade.
Esta valência deverá criar entre 60 a 100 postos de trabalho diretos.
Os dinamizadores garantem que têm asseguradas condições financeiras para avançar com a empreitada, mas também pretendem candidatá-la aos fundos comunitários, nomeadamente no âmbito de Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que está atualmente em discussão pública e que prevê uma aposta nesta área, refere a notícia da Lusa.