Os secretariados distritais da UGT de Castelo Branco, Guarda e Portalegre manifestaram em comunicado enviado às redações o descontentamento, pelo facto de já terem transmitido formalmente o interesse em integrar a plataforma pela reposição das Scuts na A 23 e na A 25 mas não terem recebido qualquer resposta.
As estruturas da UGT afirmam, numa moção conjunta, que a plataforma “integra sete entidades exclusivas dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente as associações empresariais, as comissões de utentes, o movimento de empresários pela subsistência pelo interior, mas também a união dos sindicatos afeta à CGTP, que ultimamente até têm sido porta-voz das reivindicações da plataforma”.
No sentido de “legitimar esta plataforma, pois ambas as autoestradas atravessam
também outros distritos, e com o intuito de dar voz a utentes não
representados” a UGT Portalegre já havia transmitido o seu interesse em fazer
parte da mesma a 15 de Novembro de 2018, lembrando que Portalegre é a única Capital
de Distrito que não tem acesso por autoestrada, daí a ainda maior importância
da A23 para esta região.
A 13 de Março deste ano, a UGT Castelo Branco transmitiu, também formalmente à plataforma o interesse em fazer parte, mas até à data, nenhuma das uniões afetas à UGT teve resposta…
Já no que concerne à plataforma Alentejo a atitude foi bem diferente, na qual a União de Sindicatos de Portalegre da UGT, teve entrada quase imediata.
Os secretariados distritais da UGT afirmam que não compreendem esta estrutura dos intervenientes, considerando que a plataforma não representa todos os utentes, nem as organizações que os pretendem defender e recomendam que “altere o nome para algo mais redutor”, afirmando e que vão passar a ter “um papel mais ativo na reivindicação para a redução progressiva, mas substancial, do valor das portagens da A23 e A25, assim como procurar agregação, nas regiões abrangidas, com entidades que pretendam fazer a mesma defesa, não estando dependentes de plataformas demasiado seletivas na sua constituição e abrangência”.
Uma sede de participação dos sindicatos, anunciadora de uma certa novidade no Movimento Sindical que pretende lutar pelo domínio de outras áreas sociais, para além do contexto laboral.
(Foto Diário Digital de Castelo Branco, da UGT na luta contra as portagens a 15 de Maio)