Organizado pela nova equipa diretiva do Centro Cultural e Recreativo de Malpique, com o apoio do Projeto Esperança, CLDS-4G, e da Junta de Freguesia de Caria, decorreu no passado domingo dia 1 de maio uma caminhada Pela Paz, seguida de almoço convívio e animação musical. Um Domingo Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, Dia da Mãe e Dia de Caminhar pela Paz com muito convívio e Alegria em Malpique.
Pelas 9h da manhã os convivas que se desafiaram para caminhar os 10kms, compareceram junto à sede do Clube, onde formalizaram a inscrição para se fazer ao caminho. Seguindo o guia e cada um com o seu ritmo, de ambos os sexos e com uma faixa etária dos “pra cima de oitenta”, até aos que apenas iam ao colo dos pais, todos se integraram e o carro de apoio, da Junta de Freguesia, na retaguarda, apenas acolheu os mais novos, depois de percorrido mais de metade do circuito.
Mais de 40 corajosos integraram o contingente que atravessou a aldeia, passou frente ao Correio de Caria e se encaminhou para os campos. Vinhedos, zonas de nova valorização agrícola e frutícola, antigos edifícios rurais, etc. A Primavera no seu vigor e a natureza no seu esplendor, emolduravam a mancha humana que graciosa e ligeiramente desfilava pelos caminhos rurais, desfrutando olhares e aromas do campo pela vasta planície entre a Serra de Esperança e os Montes Hermínios lá distantes, estes com uma espécie de “rendas de bilros pendentes”, proporcionada pelo casario de lugares, aldeias, vilas, a cidade da Covilhã, a Rosa Negra e até as Penhas da Saúde.
Com uma paragem a meio para reforço alimentar que de queimar também precisa reposição. Uma volta circular onde os GPS e pedómetros nos “androides” dos mais jovens iam dando conta, sobre a distância percorrida e a distância do Epicentro, o CCR Malpique. Chegados de regresso à aldeia o sorriso e cansaço misturam-se nos rostos de cada um, neles vem a dureza da jornada, misturada com a alegria da chegada.
Na sede no CCRM, já os “Amigos da Alegria”, adjudicados para a animação, se encarregavam do seu ofício e não deixavam ninguém sem contágio, já que o bombo, o reco-reco, tabuinhas e as concertinas disso se encarregavam, bem como as danças e saltos do Joaquim. Foi lugar para o almoço e aqui o numero quase triplicou, o staff do CCRM providenciou comida e lugar para mais de cem pessoas. Porventura a maior participação na história do Centro Cultural desta pequena aldeia. Bastante gente de fora, mas mais de 80%, de cá naturais ou residentes.
Encontro de vizinhos, amigos e visitantes, mas e acima de tudo de uma comunidade, que por via dos destinos da vida e das contingências da pandemia ultimamente, se tem sentido mais dispersa, e por isso sentiu de forma especial e com muitas emoções, este reencontro a pretexto da Paz, pelo Dia da Mãe e pelo Primeiro de Maio.
jhs