Na época da Cereja – Quinta do Limite, em Peraboa produz cereja e permite comer da árvore

Sandrina Melfe é proprietária da Quinta do Limite situada na Serra de Peraboa, bem no coração da Cova da Beira, entre o Fundão, a Covilhã e Belmonte, com uma vista deslumbrante de onde se contempla todo o vale e as colinas, da Serra da Estrela a Belmonte e Serra da Esperança com um a soberba paisagem.
A quinta tem 30 hectares e têm nesta ocasião cerca de 17 plantados com cerejeiras, aqui produzem deliciosas há mais de 30 anos, de inúmeras variedades, umas mais temporãs, outras mais tardias, permitindo ter frutos desde o inicio da época em Maio, até ao final de Junho e em breve até Julho.
Uma produção que os seus pais começaram quando regressaram de França e adquiriram a propriedade, tinha ela apenas dois anos. Apesar de ter nascido em França aqui cresceu e se apaixonou pela terra e o local, é licenciada em gestão e bancária de profissão.
No inicio dedicavam-se a duas atividades essenciais: a ovicultura e a Cereja, mas quando Sandrina e o marido ficaram com a gestão da propriedade, excluíram as ovelhas e optaram dedicar-se apenas à cereja. Revela que têm tido sorte desde o inicio, tendo trabalhado com clientes de confiança que lhes permite escoar o produto, sobretudo para o mercado do Algarve e Alentejo.


Há cerca de dez anos que praticam uma modalidade que agora começa a estar muito em voga no denominado “Turismo de Experiência” e que é programa “Apanha de Cereja”, permitindo aos visitantes comer diretamente da árvore e depois ainda leva uma caixinha de um quilo para casa. Uma modalidade que tem vindo a crescer na procura, antes recebiam as pessoas individualmente, mas em termos de logística vinha a tornar-se difícil de satisfazer e agora trabalham sobretudo com grupos, 30 pessoas no minimo. Fomos encontrá-la a gerir a agenda deste fim de semana, onde conta com marcações para mais de meia dúzia de grupos, sendo a maioria autocarros com cerca de 50 pessoas. “Uma parte deles já vêm ter connosco há vários anos, estou aqui a ver um senhor que marcou para sábado de manhã e já cá vem há 10 anos).
Falou-nos também de interações com outros agentes, nomeadamente os restaurantes da região, para onde encaminha os clientes e de onde já tem recebido também clientes encaminhados por eles.

Para já apenas o marido trabalha a tempo inteiro na propriedade e ela fora da sua atividade profissional, assegura a parte contabilística, administrativa, comercial e de marketing. Ocupando mais seis pessoas em termos sazonais na época da colheita da cereja, bem como noutras atividades ocasionais, uma vez que o projeto continua a crescer e pretende criar outras ofertas.
Com esse espirito empreendedor e para diversificar a oferta pretendem introduzir outras culturas para a modalidade do “turismo de experiência”, estando a pensar em “frutos vermelhos”, kiwi etc,. Bem como um projeto de Agroturismo, com cinco suites e um T2 que está em construção, para dentro de um ano permitir aos turistas uma experiência mais prolongada que a simples visita já que “estando nós numa zona de excelência para frutas e legumes, poderemos proporcionar um leque variado de experiências, não apenas nas épocas da cereja, mas durante todo o ano”.

Como diria um amigo meu “viemos de peito cheio”, peito e não só: umas cerejas “no saco, outras no papo”, já que provámos e trouxemos uma caixinha que a D. Sandrina nos ofereceu. Lavámos a vista com a soberba paisagem e viemos felizes por ver mais um casal jovem acreditar em si na sua terra e “afirmar esta força que está no interior.”
jhs

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