Por via do Temporal de 31 de maio, Dias Rocha pede Estado de Calamidade

Num edital publicado na página Visit Belmonte, da rede social Facebook e em comunicado enviado às órgãos de comunicação nacionais, o Município de Belmonte, declarou o estado de calamidade municipal, devido à tempestade que caiu no domingo na região e promete usar os instrumentos legais disponíveis para ajudar os agricultores a minimizar os prejuízos. No referido edital o a presidente da Câmara descreve as razões para o pedido de apoio, solicitando aos agricultores do concelho que lhe enviem até hoje 4 de junho o relatório completo dos prejuízos sofridos com o temporal de dia 31/5.

Também a Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco exige a declaração de estado de calamidade pública na região da Cova da Beira e reivindicou medidas urgentes para apoiar os agricultores afetados. Em causa estão pomares (cereja, pêssego, pereira, macieira, ameixeira, damasqueiro, figueiras), olival, vinha e hortas. Em comunicado, a ADACB afirma que “não há memória” de uma tempestade de “vento, chuva, granizo intensos” que “dizimaram as culturas de primavera/verão deste ano”, mas também “as culturas do outono/inverno como aveia, azevém, trigo e feno, e os cereais de primavera/verão” do ano que vêm.”… “A violência do temporal foi tão grande” que “os pomares, olival e vinha serão afetados na produção do próximo ano.”

“É necessário que o Ministério da Agricultura avalie a situação e que seja declarado estado de calamidade pública para a adoção de medidas urgentes que ajudem os agricultores nesta tragédia”, referem no comunicado, os representantes dos agricultores.

O autarca do Fundão, um dos concelhos mais afetados pelo mau tempo, já apontou “danos estruturais graves” e fala de um prejuízo de “pelo menos 20 milhões de euros.”

Vitor Pereira presidente da Câmara da Covilhã, descreve ao Jornal do Fundão : “É um cenário de calamidade e uma situação muito preocupante. Num momento de pandemia e de recessão económica, acresce agora esta intempérie extrema que veio arruinar os campos e dar a machada final àquela que é uma fonte de rendimento muito significativa no concelho”, referindo também que, já falou com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, no sentido de agendar com urgência uma reunião com os autarcas da Cova da Beira. A governante pediu que fizessem um levantamento dos danos causados

Em entrevista à TSF, Maria do Céu Albuquerque diz que ainda é cedo para decretar a medida, uma vez que “ainda não existem dados que permitem avançar para o estado de calamidade. O que estamos a fazer agora é um levantamento exaustivo de todas as situações para acautelar os efeitos das perdas.”

O Governo aponta para prejuízos superiores a 20 milhões de euros na região Centro, principalmente nos concelhos de Fundão, Covilhã, Belmonte, Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Já na região do Douro Sul a estimativa é de 16 milhões de euros em perdas, apenas nos pomares de maçã.

Maria do Céu Albuquerque admitiu ainda a possibilidade de utilizar “uma medida específica para calamidades e catástrofes naturais, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural de 2020, para apoiar investimentos destinados à prevenção”. A medida em causa poderá permitir aos produtores das duas regiões instalar equipamentos como redes antigranizo

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