Um Hotel em Caria

Esta terra que já teve uma grande expressão no passado, nos últimos 50 anos tem vindo a definhar assustadoramente, hoje está quase deserta mas continua a suscitar esperanças. A sua centralidade que nesse passado foi estratégica, se meios lhe derem e penalizações não lhe impuseram, pode voltar a sê-lo.

A empresa Agrocaria – Sociedade Agrícola de Caria, no passado dia 8 de agosto entregou na Câmara Municipal de Belmonte, o projeto para uma unidade hoteleira com 20 quartos, para que o mesmo pudesse ser analisado e aprovado, situação que aconteceu no prazo de 15 dias e foi despachada favoravelmente pela Câmara Municipal.
O presidente da Câmara, Dias Rocha comentou à comunicação social, que em sua opinião já devia estar a funcionar, expressando a maior satisfação, apesar de “as pessoas de Caria não gostarem de mim e dizerem que eu não faço lá nada, mas que não é verdade”, comentário que não ficou sem respostas nas redes sociais, e claro que para os de Caria também não é assim, se não, não tinha ele, Dias Rocha, ganho as eleições também em Caria…

António Manuel Gouveia


O novo hotel ficará nas instalações contiguas do Palácio dos Condes de Caria, habitações antigas dos caseiros e empregados, aproveitando as casas já existentes na área e “construindo um novo edifício”.. Em conversa com o promotor Sr. António Manuel Gouveia, o Correio de Caria soube que a ideia de restaurar estas instalações já vinha do seu pai Manuel Gouveia que há 20 anos adquiriu a quinta aos descendentes dos Condes de Caria.
A ideia de se meter com uma unidade hoteleira é agora de António Gouveia que diz acreditar nas potencialidade de Caria, oferecidas pela sua centralidade, como principal porta de acesso a Belmonte, ao Sabugal e Penamacor, referindo que há um grande potencial em toda esta região e parece agora se começa a dar conta disso.
Integrado na Agrocaria que reúne um conjunto de atividades agrícolas e agropecuárias já com alguma expressão, este projeto pode aliar o melhor de dois mundos, uma excelente oferta turística e de qualidade e um enquadramento paisagístico de excelência, entre a Serra da Esperança, a Serra da Estrela e o vale da Cova da Beira, com uma tranquilidade e harmonia singulares e toda a proximidade com o meio rural, também com grandes potencialidades na área.


A target de mercado ainda não está definida e por isso também ainda estão em estudo as características complementares e exteriores do equipamento hoteleiro, pois segundo revelou o investidor ao C.C., a fatia de mercado para quem o projeto se direcionar será determinante sobre a exigência da oferta no equipamento, embora lhe pareça que não seja para o setor de maior luxo que os estudos apontem.
Trata-se de um investimento de cerca dois milhões de euros, que permitirá a criação de vários postos de trabalho, mas que não deixa de ser um projeto de dimensão familiar, no modo e proximidade com que será gerido, uma vez que serão os próprios, investidor António Gouveia, a família e os empregados mais próximos a fazer a manutenção e gestão da unidade.

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