O Ferro assinalou 25 anos de elevação a vila, numa cerimónia que contou como vários momentos e discursos onde se olhou para o passado, se enalteceu o presente e se deixaram alguns recados para o futuro
No dia 21 de junho de 1995 a Assembleia da Républica aprovou um decreto de elevação à categoria de vila um vasto numero de localidades, que na nossa região incluiu também Silvares no concelho do Fundão e a freguesia do Ferro no concelho da Covilhã
Correio de Caria esteve no Ferro e acompanhou os vários momentos desta comemoração que se iniciou pela 10h30 com uma sessão solene em reunião extraordinária da Assembleia de Freguesia, dirigida por Tiago Nobre Matos, presidente da mesa da A.F. no recinto da Capela do Sagrado Coração de Maria, no Ferro, atendendo às necessidades de distanciamento social, decorrentes da pandemia da COVID 19.
A sessão começou sem os representantes da Câmara Municipal que por coincidência do aniversário dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, se juntaram às comemorações mais tarde.
Foram oradores os representantes das bancadas da Assembleia de Freguesia cabendo a primeira intervenção a D. Bárbara Marrocano, do PSD. A qual trouxe à memória dos presentes várias passagens da história do ferro das suas tradições e das suas gentes.
Augusto Macedo em representação do Movimento de Cidadão “Estamos pelo Ferro” proferiu depois sua intervenção enaltecendo o papel do poder local na sua proximidade com as populações, salientando a importância das freguesias no exercício dessa proximidade.
O presidente da junta de freguesia, Paulo Ribeiro, referiu que “as freguesias são meros sacos de boxe onde o povo vem bater quando tem necessidades” alvitrando que urge ser repensado o quadro de competências e meios a dar ao poder local e no concreto às Juntas de Freguesia. Salientado que “o que o Terreiro do Paço faz com 1000, as Câmaras fazem com 100 e a juntas de Freguesia fazem com 10”.
Procedeu-se depois à distinção com homenagem aos antigos presidentes de Junta, bem como a outras personalidades e entidades que se destacaram em diversas áreas e que, pela sua atuação, contribuíram para o desenvolvimento da freguesia, nomeadamente:
José Proença Silvestre; José Reis Ribeiro; Luís Esteves de Sousa; João Jorge Mendes Monteiro; José Carlos Bento Amaro; Paulo Jorge Alves Torais; Augusto Fernando Macedo; Duarte Cordeiro Simões; Francisco Brito; João José Esteves Oliveira; José Lourenço Elias e as várias instituições do Ferro, desde os dois Grupos Folclóricos; a Casa do Povo; Fábrica da Igreja; Associação de Caça e Pesca; Associação da Juventude do Ferro e a Associação do Sagrado Coração de Maria (IPSS local com várias valências de apoio aos idosos às crianças e às famílias) , bem como instituições como a GNR, a Câmara Municipal e os Bombeiros Voluntários da Covilhã.
Seguiu-se uma missa campal cuja homilia foi celebrada por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda.
Noutro momento foi inaugurada a “Galeria dos Presidentes”. Que constou da requalificação da sala de sessões da Junta de Freguesia, onde foram colocadas as fotos de todos os Presidentes de Junta do Ferro desde o 25 de Abril.
As cerimónias culminaram com a inauguração de um monumento de homenagem ao Padre Manuel Francisco Domingos, que foi pároco no Ferro cerca de 50 anos, um mural com a sua imagem em grandes dimensões na fachada de um edifício, frente á Igreja Matriz do Ferro.
Na sessão usaram da Palavra o presidente da Junta, Paulo Ribeiro, o Presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira e o Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, que proferiram várias referências sobre o sacerdote e a sua importância episcopal e social, no apoio à população. Ensaiando D. Manuel Felício uma intervenção como se fosse o homenageado Padre Francisco Domingos a proferir, com enaltecimentos, agradecimento e recados aos poderes…