João Morgado Ganha Mais Um Prémio Literário

O escritor covilhanense, até à pouco tempo, chefe de gabinete do Presidente da Câmara de Belmonte, ganhou esta semana mais um prémio literário. Trata-se do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído pela Câmara de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal que vai na 13ª Edição.

João Morgado concorreu com a obra ‘Contos de Macau’, que assinou sob o pseudónimo ‘Liang’,  vencendo por unanimidade do júri que referiu tratar-se de “uma obra de grande lirismo. As narrativas dos vários contos deixam transparecer uma elevada qualidade estética e um excelente domínio da linguagem. A atmosfera da cultura oriental está muito bem representada, seduzindo a atenção do leitor”.

A cerimónia de entrega do prémio ao vencedor, está marcada para o dia 17 de outubro na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.

O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído em 1995, presta homenagem a um “grande escritor” e “figura incontornável da literatura portuguesa”. Tem caráter bienal e procura distinguir uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa, por autor natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. Este ano, segundo a autarquia, foram admitidos a concurso 96 obras literárias originais de autores lusófonos.

O júri deliberou atribuir duas menções honrosas às obras “O eterno ciclo da vida ao ritmo das estações do ano: contos didáticos”, da autoria de António Gonçalves Ventura, pseudónimo Simão Alves Cabral, e “A pele é um incêndio”, da autoria de Maria Teresa T.G. Branco, sob pseudónimo A. Branco.

Manuel Lopes Fonseca (1911-1993), conhecido no mundo das letras como Manuel da Fonseca, foi poeta, contista, romancista e cronista, autor de obras marcantes como ‘Cerromaior’ (1943) e ‘Seara de Vento’ (1958), vários volumes de poesia e também de contos, como ‘O Anjo no Trapézio’ (1968) ou ‘O Fogo e as Cinzas’ (1953). Obras marcadas pela intervenção social e política, que relatam a dureza da vida no Alentejo, realidade que lhe era próxima.

Para além de outras distinções, este é já o nono prémio literário do autor, distinguido nas áreas do romance, poesia e conto. João Morgado recebeu nove prémio prémios literários, entre os quais, Manuel da Fonseca 2020, Ferreira de Castro 2019, LIONS 2015, Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas 2015, Alçada Baptista 2014, Vergílio Ferreira 2012…

No Brasil foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, e com o Troféu “Cristo Redentor” da Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro.

Trabalhou como operário têxtil e jornalista. Actualmente, é consultor de nos meios empresariais e políticos. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis» e «Diário dos Imperfeitos» (Casa das Letras). Estas duas obras foram adaptadas ao teatro pela ASTA – Associação de Teatro e outras Artes. Este ano editou “Livrai-me do Mal”, sobre o cancro da mama, vencedor do Prémio Literário Ferreira de Castro. Mas a sua notoriedade é reconhecido no campo do romance biográfico editou “O Livro do Império” sobre Camões, e uma “Trilogia dos Navegantes”: “Vera Cruz”, sobre Pedro Álvares Cabral e uma visão original sobre a sua chegada ao Brasil, “Fernão de Magalhães e a Ave-do-Paraíso”, sobre a vida controversa de Fernão de Magalhães, e “Índias”, sobre o lado obscuro de Vasco da Gama.

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