Caminhada Pela Santa Bebiana

Não porque seja tradição ou faça parte de uma promessa, mas porque esta organização de 2022 quis dar também uma dimensão desportiva e saudável á festa, decorreu na manhã do dia 3 de dezembro uma caminhada de 6 kms, integrada no programa da festa de Santa Bebiana, cujo grupo de caminheiros agregados à Irmandade já tem vindo a promover algumas iniciativas neste género. Assim e como previsto, os aderentes ainda cerca de 50, compareceram no Largo do Jacinto logo após as 10h da manhã, muito madrugada para uma boa parte, uma vez que pelas 5h30m ainda uma parte destes convivas por aqui andavam, na noite grande da festa.

Sem delongas pelas 10h30m em ponto, o grupo arrancou, um bombo e alguns chocalhos lembravam aos carienses que da Santa Bebiana se tratava o cortejo, assim como os casacos, os bonés e as cabacinhas que começam já a constituir o “merchandising” da Irmandade.

Seguindo as setas ao contrário, mas pelo Caminho de Santiago, rumou este cortejo: pela Fonte do Carvalho, Lage e Pontão do Freixo, bairro de S. Vicente, no sentido do Monte do Bispo, pelo trajeto “Via da Estrela” do Caminho de Santiago, que há cerca de um mês havia sido remarcado. Passando à porta do Presidente da Irmandade, ainda lhe foram tocar a campainha, mas este de “tão ferrado”, por certo nem a ouviria.

Mais ou menos a meio do circuito, aparece-nos o Sr. António Moita (mais conhecido por Quarta-Arroba) com um dos seus burrinhos e a carroça. O burrico de nome “púcaro” depressa se torna atração do evento e demonstra que sendo “mansinho” se adapta bem ao grupo, gosta de maçãs e aceita comê-las na palma da mão dos miudos…

Já se avista o casario do Monte que se diz chamar do Bispo, por a Diocese de Coimbra, senhoria das terras de Caria, ali ter mandado plantar uma vinha e construir casas para os trabalhadores da mesma …  Se ruma então pela estrada até à antiga escola primária, onde a Comissão de Festas de Santa Luzia, adaptou o espaço para funções polivalentes e também aqui terá lugar o almoço convívio desta jornada. Claro que sempre são mais para comer do que para caminhar …. mas desta vez a diferença até não foi muito grande.

Para o regresso estava guardada a surpresa, sobretudo para os caminheiros que vieram de fora, já que não sabiam do regresso no comboiozinho turístico da Câmara de Belmonte. Foi outra cereja por cima do bolo, no melhor ambiente excursionista, cada carruagem com seu reportório, as cantorias populares complementavam a delicia da paisagem, seguindo pela estrada das Ferrarias, Panasco, Santo Antão e Ponte do Freixo, os visitantes estavam deliciados e “este comboio da Beira Baixa” chega muito animado ao recinto das festas.

jhs

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