Ilusões…. – opinião de Luis Filipe Santos

Estamos na semana, onde mais uma vez, esteve em cima da mesa a discussão sobre as portagens. Onde a ilusão voltou a entrar no Palácio de São Bento. De fininho, pela porta das traseiras, sem dar conta. Uma discussão séria, consubstanciada na proposta apresentada pelo PSD (proposta 403/XV/1.ª), para, finalmene, se poder implementar o desconto de 50% aprovado em 2020, na negociação do Orçamento de Estado para 2021. Sempre ignorado, empurrado com a barriga para a frente e nunca colocado em prática. Depois do que vi, aquando do anúncio do IC 31, onde os autarcas socialistas do Distrito de Castelo Branco emitiram um comunicado comum, aguardava por uma posição semelhante em relação às portagens. Pelos vistos, enganei-me. Estão mais interessados em defender a honra do convento dos anúncios do que a realidade das portagens. Uma proposta onde o PS se absteve no ponto 1 e 3 e votou contra o ponto 2. Outra proposta apresentada pelo PCP, onde para além da defesa da abolição de portagens, defendem também a reversão das concessões rodoviárias, uma medida ao estilo do novo António Costa, o neo-comunista defensor da reversão do direito de propriedade. Desde sempre sou defensor da abolição de portagens na A23, como medida para diferenciar, de forma positiva, o Distrito de Castelo Branco, constituindo-se como um fator de competitividade regional. Não para servir a ideologia pura e dura, mas para servir, sempre e acima de tudo as pessoas.
Por falar em pessoas, tenho sentido e acompanhado muito do que se passa em Belmonte, pela comunicação social, e por vários perfis de redes sociais (anónimos e menos anónimos). O habitual burburinho entre eleitos nos vários órgãos municipais e de freguesia. Quando, em 2021, o PSD apresentou a eleições um candidato novo, diferente, fora desta bolha, o objetivo era muito claro. Fazer diferente das candidaturas apresentadas anteriormente. Alguém que não se deixasse embevecer pelo cantar do melro socialista. Isso foi afirmado, em plena campanha eleitoral. O PSD não se deixaria embarcar nas mesmas armadilhas de 2017, onde o candidato Amândio Melo, rapidamente se apresentou no Executivo Socialista de armas e bagagens. Trinta anos com as mesmas caras e politicas teriam rapidamente de mudar, sob pena do desenvolvimento do concelho de Belmonte e das suas freguesias estagnarem, porventura, irremediavelmente.
Foi este o pressuposto de uma candidatura liderada por André Reis, ilustre desconhecido. Uma candidatura com um resultado extraordinário, fruto do trabalho de dezenas de homens e mulheres, crentes que Belmonte iria mudar. Infelizmente, não mudou. O Vereador André Reis entendeu seguir o caminho dele, tornando-se independente. Da mesma forma, que o PSD entendeu seguir o seu. O caminho de um partido de poder, liderante, é sempre constituir-se como alternativa. Na minha perspetiva politica, o foco essencial da nossa mensagem seria sempre olhar para a frente e falar de Belmonte, das propostas que os nossos eleitos, nos seus órgãos apresentam em todas as sessões. Mas, o Presidente da Distrital do PSD Castelo Branco enganou-se. Eu enganei-me….redondamente, na personificação desta candidatura. André Reis nunca poderia ser a solução, à luz dos acontecimentos da atualidade. É crucial marcar uma separação clara, um separar de águas. Brevemente, o PSD irá ter a sua estrutura a funcionar. Para impedir que, no futuro, nos voltemos a enganar. Belmonte não irá tolerar mais erros. O seu desenvolvimento depende do PSD apresentar uma alternativa sólida nos próximos anos. A Belmonte e aos nossos eleitos, o meu mais elementar pedido de desculpas.

Luís Filipe Santos
Presidente do PSD Distrital de Castelo Branco

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