As festas na freguesia de Caria também buscam os aconchegos do mês de agosto e os afetos dos emigrantes, assim o calendário vai-se repetindo com a festa de Malpique (Srª dos Remédios), no primeiro fim de semana de agosto; a festa do Monte do Bispo, (Santa Luzia) no segundo fim de semana e a festa mãe de Caria, (em louvor de Nª Srª de Fátima), no terceiro fim de semana de agosto. Nesta linha e como o Correio de Caria divulgou na edição anterior, decorreram de 14 a 17 de agosto as festas da vila que se iniciaram com o torneio quadrangular de futsal e a Caminhada Cultural Noturna, onde participaram cerca de 50 caminhantes e este ano teve um circuito externo pelas imediações da vila com a primeira paragem na Fonte do Carvalho e animação musical pelo cariense Nuno Fernandes, seguiu depois para a Lage e Pontão do Freixo, onde Carla Rocha fez uma descrição histórica do pontão do Freixo com sua arquitetura Medieval e o traçado da Estrada Romana,
O contingente seguiu depois para o cabeço de S. Marcos e imediações da Toca da Moura, onde Teresa Sanches fez uma alusão à lenda da Moura Encantada que atribui, na discrição lendária, o nome de Caria (Cá-Ria). Com conversas, reflexões e expeculações sobre nomes, fadas, mouras e encantos, a caminhada fez-se de regresso pelo lado nascente até ao recinto de S. Marcos, onde prosseguiu a festa com as 20 barraquinhas e animação pelo DJ de serviço.
No dia 15, a animação começou às 18h30m com arruada pelo Grupo de Bombos Arrebimba da Boidobra e às 19h30m, arruada pela Banda Filarmónica de Caria, seguido de missa e Procissão, (evocação da terceira aparição de Fátima); Baile pela Banda KABULL às 22h; e às 2h DJ “Good Vibe”.Com “casa cheia”, como documentam as fotos.
No sábado dia 16 estava previsto o torneio de Petançca para as 10h, mas foi transferida esta atividade para outro dia fora das festas. À tarde teve lugar a grande prova de Rali de Caria, com carrinhos de rolamentos, fabulosas máquinas e grande performance na condução com os 10 participantes em pista. À noite teve lugar o baile também acompanhado pelo esmerado serviço de bar e restaurante, assim como toda a diversidade de produtos à disposição nas barraquinhas da freguesia.
No dia 17 fazia-se sentir um ambiente pesado e depressivo, com muito fumo e foligem dos incêndios nas redondezas, a organização chegou a ponderar cancelar a Garraida e o resto do programa. Porém a população insistiu em se ir acercando do local e a “Praça de Touros “ de Caria foi ficando repleta, o fumo dissipou-se e o ambiente aliviou, o sentimento de festa e diversão, apoderou-se dos festeiros e foram lidados cinco soberbos animais da conceituada Ganadaria da Ana Sequeira.
No mesmo ambiente prosseguiu a festa com Sons do Zêzere; 2h DJ “Valelo”.
N.R: Festas que o verão no seu melhor com a Força do Interior que resistem e persistem em dar vida a estes locais, antes condenados ao abandono e às vezes que até condenados também às chamas…
jhs