Clima de hostilidade mantém-se e Junta de Freguesia aponta para Assembleia Extraordinária para definir procedimento . Na base da polémica está a ausência de acordo sobre a delegação de competências e suas verbas para a freguesia, por ausência de reunião entre as duas autarquias.
O executivo de Belmonte convocou os presidentes de Junta para reunião em dia útil às 10h da manhã. O presidente da Junta Silvério Quelhas, disse que por motivos profissionais nesse dia não podia (até porque tinha havido um acidente de trabalho na sua empresa e era impossível), a Câmara veio dizer que tinha de ser nesse dia mesmo, a autarquia municipal invoca que podia mandar outra pessoa, Caria diz que não… A Reunião fez-se, Caria não esteve presente, as delegações de competências foram acordadas com as outras três Juntas de Freguesia e com Caria não… Depois disso a autarquia de Caria diz que já enviou quatro pedidos de reunião com quatro propostas de data e que ainda não teve resposta… Em causa está a delegação de competências para limpeza, urbana, manutenção de jardins e espaços públicos etc. cuja proposta de suporte finaceiro pedido pela Junta de Freguesia, orça os 250 mil euros… Porém o municipio invoca que como não houve renegociação o valor da transferência será o mesmo do ano passado, cerca de 108.000 euros (9000 € mensais
Perante esta situação a Junta de Freguesia de Caria, pediu uma Assembleia de Freguesia Extraordinária para o dia 3 de fevereiro, no salão da Junta de Freguesia, para a qual se convoca todos os eleitos e a população, afim de “analisar o problema e definir forma de luta, ou atitudes a tomar”, disse Silvério Quelhas, ao Correio de Caria.
A questão do horário e antecedência no aviso das reuniões, é recorrente nas relações entre a auatrquia do municipio e a da freguesia. À exceção do presidente da Junta da União de Freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre, nenhum dos restantes Presidentes de Junta em Belmonte está a tempo inteiro na sua Freguesia, sendo Silvério Quelhas o único que trabalha por conta de outrem, insistindo em reuniões fora do horário de trabalho. A troca de acusações é constante e Caria ameaça mesmo com o recurso às vias judiciais.
N.R.: Apesar dos apelos de presumíveis pacificadores que “como belmontenses se sentem chocados com a discórdia entre Caria e Belmonte”, mas por outro lado procuram protagonismo, levando e trazendo picardia, através da mesma discórdia… O facto é que nem sempre o bom senso tem imperado nas relações institucionais, não se compadece por questões de bairrismo, mas apenas de “choque de poder…”. O presidente da Câmara diz que “Está-se a criar um ambiente de cortar à faca”. Silvério Quelhas diz que “só quer Caria a ser tratada da mesma forma…”.