No âmbito de uma investigação realizada na zona da Covilhã, O SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras realizou na semana passada buscas a viaturas e à residência de um empresário suspeito de tráfico humano, na zona da Almada e a uma habitação nas imediações da Covilhã, onde eram colocados os trabalhadores estrangeiros sem o mínimo de condições de habitabilidade.
A investigação do SEF teve início no mês de outubro e contou com a colaboração de uma organização não-governamental vocacionada para o apoio a vítimas do crime tráfico de seres humanos.
O SEF explica que o
empresário é suspeito de “explorar trabalhadores estrangeiros, essencialmente
oriundos da península indostânica [constituída por países como Índia, Paquistão
e Bangladesh]”, os quais se encontram em situação irregular em Portugal.
Segundo adiantou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o suspeito não paga as
remunerações devidas pelo trabalho prestado e, nalguns casos, exige aos
trabalhadores quantias monetárias como requisito prévio para o estabelecimento
de relação laboral.
O empresário foi constituído arguido ficou sujeito à medida de coação de termo
de identidade e residência.
Na operação estiveram envolvidas duas dezenas de operacionais do SEF.