No dia 9 de setembro decorreu a rentrée política do CDS-PP na sede nacional, Largo Adelino Amaro da Costa, momento que ficará assinalado na história como a génese da refundação do CDS-PP. Estiveram presentes antigos Presidentes do partido, Assunção Cristas, Manuel Monteiro e Paulo Portas, o atual Presidente, Nuno Melo, e o Presidente da JP, Francisco Camacho, para além da presença de muitos militantes e simpatizantes. Destacam-se duas frases, a primeira de Paulo Portas: “Que não vos falte a fé, a mim não me falta. Que não vos falte a força, a mim não me falta.” e a segunda de Nuno Melo: “Nos momentos difíceis o CDS-PP não se funde, nem se rende! O CDS-PP resiste e combate.”.
Na rentrée, António Lobo Xavier apresentou a nova Proposta de Declaração de Princípios – Livre, Democrático e Social, que inclui 19 princípios. Este documento pretende ser congregador e diferenciador, mas com ideias muito nítidas: “1. Dirigido ao espaço político do centro-direita e da direita democrática, com uma história de resistência contra o totalitarismo; 2. Uma vocação de diálogo e de tolerância como instrumentos de consolidação da democracia e do progresso social; 3. O CDS-PP e a Constituição; 4. O CDS-PP na primeira linha da defesa das instituições democráticas e do Estado de direito; 5. Os valores da democracia cristã numa perspetiva não confessional, dirigida a todos; 6. O CDS-PP é contra todas as formas de discriminação; 7. O CDS-PP a favor da igualdade entre mulheres e homens; 8. Uma tradição de abertura e de acolhimento, um pragmatismo histórico fundado em valores fundamentais; 9. Cuidar da natureza, respeitar o planeta e as gerações futuras; 10. As pessoas antes do Estado; 11. A subsidiariedade e o papel das famílias e das organizações autónomas das pessoas; 12. Uma ordem social fundada na mobilidade e na esperança; 13. O CDS-PP defende a justiça social à luz do cristianismo universal; 14. O CDS-PP e a defesa do Estado Social; 15. Um Estado Social que garante eficazmente a coesão e a correção das desigualdades; 16. Uma economia livre e ao serviço do homem, que promove a iniciativa privada em nome do desenvolvimento; 17. Compromisso com a lusofonia, com a NATO e com a UE; 18. Superar o défice demográfico, cuidar bem dos idosos; e, 19. Um pacto social pelas gerações futuras”.
Temos assistido a um conjunto de “peripécias” por parte do Governo. Os serviços básicos, educação e saúde, degradam-se dia após dia. Todos os dias ouvimos notícias sobre alunos que ainda não têm professores. Todos os dias ouvimos notícias sobre as dificuldades que as famílias enfrentam com o aumento, que parece que não tem fim, dos preços dos bens essenciais. Faz-se bandeira de grandes investimentos públicos, mas não passam de “propaganda”, recentemente o Governo submeteu à Assembleia da República um documento que prevê um corte de 34% o investimento nos transportes públicos, sendo a Ferrovia a mais afetada.
Precisa-se urgentemente de uma oposição a este Governo, precisa-se de uma Direita que apresente ideias claras, coesas e realistas, que pense nas “Pessoas antes do Estado”. Necessitamos de uma Direita que saiba dialogar, com bom senso e racionalidade. Esta Direita faz falta ao país, no presente e no futuro! Uma Direita moderada, com capacidade de ouvir, que seja capaz de agir com independência, mas com consciência. O CDS-PP está vivo e recomenda-se!
Sandra Sofia Manso
Delegada Distrital do CDS de Castelo Branco