Porto Seguro – opinião política por Luís Filipe Santos

Luís Filipe Santos
Presidente da Distrital do PSD
de Castelo Branco

Reza a história que Pedro Álvares Cabral quando chegou ao Brasil em 1500 para estacionar a sua frota, teve de procurar um local com as condições certas para realizar tal manobra. Um local abrigado, com espaço para as embarcações, onde se sentisse a segurança na defesa e o conforto para o descanso. Deu-lhe o nome de Porto Seguro.
Ainda hoje tem as marcas da construção portuguesa, para além de ostentar o marco dos Descobrimentos, peça emblemática, considerada Monumento Nacional, ostentando o brasão de Armas de Portugal e a cruz da Ordem de Avis.
Esta explicação demonstra a importância de Porto Seguro no desenvolvimento da presença portuguesa e a forma como a primeira perceção, permitiu construir um país sobre a influência portuguesa e com um grande pendor cultural e civilizacional europeu.
E chegamos a 2024 e às Eleições Legislativas do próximo dia 10 de março. Num tempo onde os Portugueses ainda estão indecisos, fruto do choque da queda de um governo de maioria absoluta, mas cujos erros conduziram ao estado atual do pais. Nunca, na nossa história, se desbaratou tão depressa um capital eleitoral importantíssimo, com tanta coisa lateral, com tanto governante demitido. O curioso é que desde a demissão deste Governo parece que Portugal melhorou. Os preços dos combustíveis desceram, o nível de greves diminuiu, a crispação passou a ser secundária, as manifestações parecem mais leves. Num ápice, o Portugal desgovernado passou a caminhar melhor.
O único que aumentou foi o ruido dos partidos políticos. Cada um a berrar mais do que o outro. Parece um concurso de líderes cacofónicos, numa espiral de promessas desenfreadas, numa lotaria onde ninguém vai sair premiado.
O famoso carisma de Pedro Nuno Santos, neste momento, apenas parece um exercício de arrogância, impreparação sobre os dossiês do Estado e desconhecimento da realidade. Numa lógica de resolução dos problemas do Estado por Whatsapp, com muita amnésia coletiva pelo meio. Dificilmente fará diferente nos próximos anos do que fez nos últimos oito anos. Quem não serviu para Ministro num Governo Socialista, tenho muitas dúvidas que sirva para Primeiro-Ministro de Portugal.
Por outro lado, temos o populismo demagógico de André Ventura, o chamado namoro de verão, intenso, perspicaz, atraente, mas, na hora de verdade, não corresponde à necessidade do povo português. Um ator da moda, capaz de dizer uma coisa e o seu contrário na mesma frase, especialista na conversa do momento, mas cujo julgamento na praça pública, só agora está em processo. Cujas propostas apresentadas na Convenção, só agora estão a ser escrutinadas. E de que forma….propostas surreais, com a capacidade de transformar este pais na nova Argentina do século XXI. Cujo perfil de candidatos escolhidos, corresponde a antigos elementos do PSD que não conseguiram integrar as propostas da nova AD.
Termino com a referência ao Porto Seguro da política portuguesa, à constituição da Aliança Democrática 24, constituída pelo PSD, CDS e PPM. Mais do que partidos, um projeto de governo, de desenvolvimento num pais afogado em problemas, com a capacidade de tirar Portugal da cauda europeia, de criar esperança nos Portugueses e em Portugal. Com entusiasmo, mas serenidade. Fora da discussão etérea da espuma. Com a tranquilidade necessária para a tomada das decisões. Para quem está indeciso, possa tomar a decisão certa e acreditar na Mudança, num pais ainda muito crispado

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