Personagem bem conhecida com outra identidade em Caria e Malpique e Orjais, era foragido da Prisão de Torres Novas.
Os militares do Posto Territorial de Belmonte, capturaram no dia 16 de julho, um homem de 38 anos que se encontrava evadido do Estabelecimento Prisional de Torres Novas, desde Fevereiro passado.
O individuo dava-se pelo nome de Luís, apesar de a sua identidade verdadeira ser Bruno Esteves e nestes últimos meses trabalhou como pastor em várias propriedades agrícolas em Caria e na apanha de fruta em Orjais.
Fazia-se passar por pessoa carenciada, merecendo compaixão dos que consigo se relacionavam, um individuo de bom trato e educado, frequentou neste período vários cafés e esplanadas em Malpique, Caria e Belmonte, Borralheira de Orjais e Vale Formoso.
A captura ocorre na sequência de uma escaramuça entre o individuo e o pai de uma jovem da Borralheira de Orjais, a quem o individuo terá tirado fotos e colocado na sua página de Facebook.
O conflito terá levado à chamada da GNR ao local, no qual à chegada das autoridades o individuo já não estava presente, mas foi encontrado mais tarde e identificado.
Na identificação, os militares da Guarda detetaram que sobre o homem pendia um mandado de detenção, por se ter evadido em fevereiro, do Estabelecimento Prisional de Torres Novas, onde se encontrava a cumprir pena de prisão , pelo crime de homicídio no concelho de Ponte de Sor, há cerca de 12 anos. O detido foi conduzido ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco para continuação do cumprimento de pena.
O crime de que estava condenado Bruno Esteves foi cometido em Julho de 2008, quando, “na sequência de uma discussão e de uma troca de agressões, Bruno, então com 26 anos e conhecido na comunidade como ‘Cara Queimada’, espancou até à morte com um pau a mulher Sónia Castelhano, de 29 anos, com quem mantinha uma relação conjugal há cerca de um ano,
Um familiar da mulher assassinada contatado na ocasião pelo Correio da Manhã, contou que as discussões entre ambos eram frequentes e que os dois se agrediam mutuamente: “Ela era muito agressiva e ameaçava-o”, acrescentou o familiar. “Tinham desavenças por causa de dinheiro”, refere.
A mesma fonte disse ainda que terá sido um colega de trabalho de Bruno, a quem este contou o crime, que o convenceu a se entregar às autoridades.
Recorde-se que o suspeito se apresentou na madrugada do dia seguinte ao assassinato, no posto da GNR de Ponte de Sor, indicando às autoridades que havia deixado o corpo da namorada num silvado das redondezas.” (fonte Correio da Manhã)
Nesta “nova identidade o Luis, ou Alentejano”, como já era conhecido no meio, apresentava-se como pessoa pobre e carenciada, mas muito educado, com discurso bem articulado e conversas telefónicas bem conduzidas, deslocava-se ciclicamente de um lugar para outro alegando que “não gostava de estar muito tempo no mesmo patrão”…
jhs